Roma divertia o povo
oferecendo circo e pão ao seu povo. Na arena digladiavam os condenados à morte
ou eram jogados às feras os cristãos perseguidos. Na platéia o imperador
aplaudia os que morriam e ria dos que se divertiam.
No Brasil da copa do
mundo de futebol todos ganhamos pão e divertimento. Futebol e alegria. Sob a
bandeira do patriotismo os brasileiros – até os mais santos pentecostais –
vestem a camisa da seleção mostrando que também ganharam pão e circo.
Jogadores, técnico,
comissão técnica, diretores e políticos jogam aos míseros lázaros os farelos de
pão que os brasileiros ajuntam para se alimentar enquanto se divertem
nababescamente. Enquanto as contas bancárias daqueles engordam a cada peça
publicitária e engordarão ainda mais com a conquista da copa, o bolso do
brasileiro se esvazia e cata as migalhas que o rico lança para os lázaros.
Acrescente-se ainda que
o futebol brasileiro foi coberto pelas cores do sincretismo religioso africano.
As cores dos orixás enfeitam a brazuca e a ornamentação dos espaços da FIFA. O
técnico fez uma romaria para pedir ajuda à sua santinha do coração, e, se o
Brasil ganhar, força maior ganhará Caravágio que receberá as glórias concedidas
pelos milhões de lázaros crentes que se deleitam com divertimento e pão que o
governo lhes oferece.
O Jeová dos crentes não
receberá glória alguma, enquanto jogadores (alguns) e treinador se prostrarão
diante de seus ídolos! Os políticos precisam da vitória da seleção, porque nela
está também a sua vitória, afinal, jogaram pão pro povo e deram circo para os
divertir. Pão, circo e religião fazem desta copa o engano que todos engolimos
com prazer!
Com licença que o circo abriu e preciso pegar meu pedaço de pão!
Poxa pastor, ontem ainda comentei, "E não é que o pão e circo ainda dá certo?" Já q vi aos montes as pessoas mudando de opinião nas redes sociais e apoiando a Copa, "q vão protestar na urna", tá, sei.
ResponderExcluir