Ah! Porto Alegre feliz!
João A. de Souza
Filho
Junho de 2017
A igreja de Porto Alegre já teve dias melhores. Sim, eram os tempos em que pastores de diversas denominações se reuniam uma vez ao ano para almoçarem juntos e trabalhar pelo bem da cidade. Juntos estavam os Episcopais, os Metodistas, os Batistas, os Batistas Independentes; as Assembleias de Deus, o Brasil para Cristo, a igreja do Evangelho Quadrangular, para citar apenas as maiores da época e até mesmo a ACM (Associação Cristã de Moços) participava dos encontros. Cada igreja “bancava” o almoço!
Ainda no final da década
dos anos de 1970 e início dos anos 80 jovens de todas as denominações se
reuniam uma vez por mês no templo Luterano da Igreja da Reconciliação no centro
da cidade, domingos à tarde. Celebrávamos a unidade do corpo de Cristo. Tivemos
encontros de pastores em Tramandaí com a Visão Mundial, missão fundada pelo Dr.
Bob Pierce. E chegamos a ser levados gratuitamente pela Visão Mundial para um
encontro nacional em Valinhos, no Hotel Fonte Sônia. Que tempos! Éramos poucos
e pobres e precisávamos uns dos outros! Agora somos maiores e ricos!
Este tempo terminou lá
pela metade da década dos anos 1980. Foi então que passamos a nos reunir
semanalmente no templo da Igreja Batista Filadélfia para orar e estudar a
Palavra de Deus. Neste tempo progredimos bastante. Tempo este em que apoiamos
por duas vezes a vinda do Navio Logos II; campanhas evangelísticas com Luis
Palau; Reinhard Bonk; Morris Cerullo, e outros movimentos e, juntos passamos a
encher o centro de Porto Alegre celebrando o nome de Jesus no que se conveniou
chamar de Marcha para Jesus que consta agora do calendário de eventos do
município. Faz 30 anos que todas as quartas-feiras um pequeno grupo de pastores
persevera em andar juntos reunindo-se na Igreja Batista Filadélfia! Samuel
Espíndola é incansável em busca da unidade dos pastores.
Hoje, parece que não
precisamos mais dos nossos irmãos pastores de outras congregações de Porto
Alegre! Cada pastor recolheu seu rebanho ao seu redil, popularmente chamado de
curral. Gastam-se telefonemas, convites, apelos a todos para que se reúnam
novamente para orar pela cidade. Já não me refiro em fazer coisas juntos, mas
pelo menos orarmos juntos!
Para vergonha nossa
estava olhando um vídeo de uma reunião de oração em Lagos, Nigéria em que um
milhão e quinhentas mil pessoas se reúnem para orar num pavilhão de 1.500 m de
comprimento, por 600 m de largura, isto é, como se toda a população de Porto
Alegre se reunisse num só lugar para orar. E, ao contrastar Lagos na Nigéria
com Porto Alegre percebi o quanto da simplicidade de Cristo perdemos; e como
nós pastores fechamo-nos em torno dos interesses de cada grupo e sequer nos
reunimos para orar!
Se existe um Estado do
Brasil em que os pastores deviam se dar as mãos; orar juntos e juntos andar em
unidade para derrotar as forças positivistas e comunistas é o Rio Grande do
Sul. A violência que domina o Estado tem de ser detida, primeiramente pela
ação, oração e ministração da Palavra dos pastores!
Sempre apresentamos
nossas escusas; apontamos nossas divergências, enquanto deveríamos ter como
Pessoa central da igreja o Senhor Jesus Cristo!
Avante, colegas! Voltemos
ao Senhor! Nossa força está na unidade em Cristo!